Menos alunos foram colocados na 1.ª fase do Concurso Nacional de Acesso ao Ensino Superior (CNAES) de 2023, num total de 49 438 estudantes admitidos, o que corresponde a uma diminuição de 0,7% face ao ano passado.
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Para o secretário de Estado do Ensino Superior, os “resultados são satisfatórios”, especialmente tendo em conta a diminuição do número de candidatos registado na 1.ª fase deste ano - menos 4% do que em 2022. A taxa de colocação subiu aos 84%, o valor mais alto dos últimos quatro anos, o que significa que “menos candidatos ficaram de fora”, aponta Pedro Nuno Teixeira. Os colocados em instituições de menor pressão demográfica tiveram uma subida pouco significativa: 0,2%. No ano passado, o crescimento chegou aos 6%.
Depois de atingir um máximo de candidatos em 2021, a 1.ª fase do CNAES deste ano manteve a tendência decrescente do ano passado e contabilizou 59 073 submissões. Mas se em 2022 os colocados tinham aumentado em números absolutos e percentuais, em 2023 desceram, com menos 368 admissões. A redução residual, diz o secretário de Estado do Ensino Superior, mostra o “efeito positivo do alinhamento entre a oferta e a procura”.
Contas feitas, vão sobrar 5212 vagas para a 2.ª fase do concurso, o valor mais baixo desde 1999, segundo a tutela. As candidaturas para 2.ª fase arrancam amanhã e terminam a 5 de setembro.
Interior sem redução
Face à 1.ª fase do ano anterior, o aumento de colocados em instituições de menor pressão demográfica e de menor procura foi pouco significativo. O Governo tem tentado aumentar a procura no Interior, tendo inclusive criado as bolsas+Superior, para fixar jovens carenciados naquelas zonas e aumentar a coesão territorial. Em 2022, a subida tinha sido de 6%, este ano ficou pelos 0,2%.
O abrandamento pode ser explicado pela diminuição das colocações em algumas instituições, como no Instituto Politécnico de Tomar (menos 10%) ou na Universidade dos Açores (5%). Mas terá sido provocado também pela redução geral de candidatos, diz Pedro Nuno Teixeira. E não se repercutiu em todos os locais: a Universidade da Madeira (mais 10%), a UTAD (3%) e a Universidade da Évora (1%) tiveram mais colocados.