Debatido no meio militar ao longo dos últimos anos, ainda que timidamente e a reboque da crescente falta de efetivos, o regresso do serviço militar obrigatório (SMO) volta a estar naordem do dia: dois chefes militares querem pôr o tema na agenda política, equacionando a retoma do modelo que vigorou até 2004.
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Numa altura em que as coordenadas políticas se voltaram para a Direita, e com o centrista Nuno Melo a assumir a pasta da Defesa, os chefes do Exército (CEME) e da Armada (CEMA) endereçam o recado ao Governo chefiado por Luís Montenegro: “Reequacionar o serviço militar obrigatório, ou outra variante adequada, poderá ser uma medida necessária”, escreve no semanário “Expresso” o CEMA, almirante Gouveia e Melo, sustentando a posição com a atual situação geopolítica.
“Um serviço militar profissionalizado reduz o conhecimento na população dos assuntos militares a um núcleo pequeno”, afirmou, num artigo de opinião escrito na revista do Expresso.