O Grupo Parlamentar do Chega vai voltar a tentar eleger um vice-presidente para a mesa da Assembleia da República (AR), escreveu o partido num comunicado enviado às redações. Recorde-se que, a formalizar-se a candidatura, esta será a terceira vez que o partido liderado por André Ventura tenta ocupar a cadeira vazia na presidência da AR.
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"Depois de auscultados vários partidos e deputados, a título formal e informal, o CHEGA entende que não faz sentido a AR continuar a funcionar apenas com 2 vice-presidentes, violando claramente o espírito da Constituição da República e do Regimento da AR", lê-se na nota.
Para o Chega não faz sentido que o parlamento continue em funcionamento com os dois vice-presidentes, do PS e do PSD - João Cotrim Figueiredo, candidato da Iniciativa Liberal, também não foi aceite.
Novo chumbo é um "bloqueio"
Se o terceiro nome a ser apresentando pelo partido de extrema-direita não tiver luz verde do parlamento, o Chega contesta que ficará "absolutamente claro aos olhos dos portugueses que não está em causa a livre escolha por parte dos parlamentares , mas um bloqueio político e institucional inadmissível a um partido político legitimamente constituído e que representa a terceira maior fatia do eleitorado português".
Segundo o regimento da AR os quatro partidos mais votados em eleições legislativas têm direito a apontar um nome para ser sufragado pelos deputados, que, obtendo maioria absoluta, ocupam um lugar na vice-presidência da AR. "Consideram-se eleitos os candidatos que obtiverem a maioria absoluta dos votos dos Deputados em efetividade de funções", lê-se no Artigo 23.º do Regimento da AR.
Parlamento chumbou dois nomes
No início da legislatura o Chega viu Diogo Pacheco de Amorim ser chumbado para ocupar o lugar de vice da AR e, ao contrário da IL, voltou a apresentar um novo candidato, que viria também a ser chumbado pelos seus pares. Gabriel Mithá Ribeiro foi o segundo nome apontado pela extrema-direita para estar presente na vice-presidência da AR.