O Chega trocou o nome do partido pelo do Bloco de Esquerda num projeto de resolução sobre a dívida da Ucrânia, entregue na Assembleia da República e que deverá ser discutido em julho.
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No projeto de resolução do partido liderado por André Ventura, onde é pedida uma moratória de 20 anos para a dívida ucraniana, após cinco parágrafos de fundamentação, o Chega escreve, assim: "Ao abrigo das disposições constitucionais e regimentais aplicáveis, o grupo parlamentar do Bloco de Esquerda propõe que a Assembleia da República recomende ao Governo".
A situação foi comentada pelo eurodeputado bloquista José Gusmão, na rede social Twitter: "A lei do menor esforço ou o partido dos preguiçosos de bem". E está a causar alvoroço nas redes sociais, com o Chega a ser acusado de plágio, até porque o projeto de resolução do BE foi entregue no Parlamento a 6 de abril e o do Chega no passado dia 15.
Mas os dois projetos são diferentes, embora versem sobre o mesmo assunto. Por exemplo, o Bloco de Esquerda pretende o perdão total da dívida da Ucrânia, assim como dos juros para "garantir o desenvolvimento interno do país" após a guerra.
Já o diploma do Chega propõe uma moratória de 20 anos para o pagamento da dívida da Ucrânia e respetivos juros, fixando que os encargos dessa medida venham a ser suportados pela Rússia
