Cidadãos europeus querem pressionar Bruxelas a regular terapias assistidas por psicadélicos
A PsychedeliCare, uma iniciativa de cidadania europeia, tem de recolher até 14 de janeiro de 2026 um milhão de assinaturas para forçar a Comissão Europeia a avaliar uma proposta de regulamentação das terapias assistidas por psicadélicos na saúde mental.
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Fundada por Théo Giubilei, um francês a viver na Bélgica, a PsychedeliCare surgiu há dois anos e é atualmente composta por equipas nacionais de diversos países europeus. Tal como qualquer iniciativa de cidadania europeia, um instrumento previsto desde 2012 no Tratado de Lisboa, o objetivo é que a Comissão Europeia seja obrigada a analisar uma proposta de cidadãos europeus. Neste caso, relacionada com o uso de substâncias psicadélicas para o tratamento de doenças como a depressão, a ansiedade e a perturbação de stress pós-traumático.
A PsychedeliCare tem três requisitos: a criação de um consenso de especialistas e de padrões de terapias assistidas por psicadélicos (combinados com psicoterapia), a alocação de mais investimento à investigação científica com psicadélicos e a adoção de uma posição comum por parte da União Europeia (UE) junto das Nações Unidas para reclassificar as substâncias psicadélicas, "tendo em conta a evidência científica que tem sido revelada" sobre o tema, aponta Bárbara Messias, coordenadora nacional da equipa portuguesa da PsychedeliCare.