Ciência Viva vai lançar programa para “empoderar docentes, escolas e sociedade” para a matemática
A presidente da Ciência Viva-Agência Nacional para a Cultura Científica e Tecnológica, Rosalia Vargas, anunciou, esta sexta-feira, em Bragança, que vai ser lançado um programa nacional “para melhorar a literacia em matemática e empoderar os professores, as escolas, associações e sociedade”.
Corpo do artigo
A responsável quer fazer com a matemática o que já se fez com a Ciência, uma vez que Portugal conseguiu melhorar os indicadores e está nos primeiros lugares a nível europeu. “Toda a rede de centros de ciência viva vai abraçar um projeto ligado à matemática, para iniciar no próximo ano letivo. Os resultados da matemática não são bons e têm piorado”, adiantou Rosalia Vargas, que esteve em Bragança para participar na 100ª edição do Café da Ciência do Centro de Ciência Viva local.
Aproveitando que a Ciência Viva tem uma rede mais de 900 clubes nas escolas “é bom alimentá-los de projetos para que os jovens se entusiasmem e queiram fazer coisas”, afirmou Rosalia Vargas.
Segundo a presidente da Ciência Viva em toda a Europa são os portugueses quem mais confia na ciência e quem mais quer saber sobre ciência e tecnologia, bem como adquirir conhecimento através dos cientistas. “Somos o segundo país da Europa que mais visita museus e centros de ciência. Em todos os indicadores estamos acima da média europeia”, referiu.
A rede nacional da Ciência Viva tem atualmente 20 centros em todo o país, que trabalham em parceria com municípios e instituições de ensino superior. “Nós fazemos ciência da sociedade e Portugal, pela primeira vez, passou a estar nos primeiros lugares em toda a Europa. Portugal estava sempre no fim. Os resultados demoraram a vir, mas vieram. É preciso tempo, paciência e persistência”, observou a também diretora do Pavilhão do Conhecimento.