O curso de Ciências e Tecnologias é o que tem a melhor média. Artes Visuais também tem resultado superior a 14 valores. Nenhuma escola tem classificação média negativa nos quatro cursos científico-humanísticos do ensino Secundário.
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Ciências e Tecnologia dá acesso aos cursos de Ensino Superior com médias de ingresso mais elevadas. É o único curso científico-humanístico do Secundário em que 37 escolas (seis delas públicas) conseguiram uma média superior a 16 valores. E mais 322 tiveram um resultado entre 14 e 15,9 valores.
De acordo com os dados do Infoescolas, a Ciências Socioeconómicas quatro escolas registaram uma média superior a 16 valores e mais 63 ficaram entre os 14 e 15,9 valores. A Artes Visuais, três escolas, todas públicas, conseguiram média superior a 16. Em Línguas e Humanidades, que tem a pior média, nenhum estabelecimento conseguiu superar os 16 valores, 56 ficaram entre os 14 e 15,9.
Novo indicador de desalinhamento
Este ano, o Infoescolas tem um novo indicador que pretende aferir o desalinhamento entre classificações médias internas observadas e esperadas.
O objetivo é comparar as notas atribuídas por cada escola em duas disciplinas trienais (Português mais Matemática A, Desenho A ou História A consoante os cursos) com a média de outros estabelecimentos com o mesmo perfil socioeconómico - são critérios a idade dos alunos, a escolaridade das mães, o peso de Ação Social, o curso e a natureza pública ou privada das escolas.
Assim, em todos os cursos há mais escolas com médias observadas inferiores às esperadas. A diferença de desalinhamento é sempre inferior a três pontos percentuais, sendo acima dos dois pontos percentuais num número residual de escolas: 4 a Ciências, duas em Socioeconómicas e também em Línguas e Humanidades. Apenas uma em Artes.
“Permite conhecer melhor a realidade das regiões e das escolas. O indicador não deve ser analisado de forma isolada, nem deve ser associado a inflações de notas, já que, por exemplo, um valor superior ao esperado pode simplesmente significar que a escola ou a região desenvolvem um trabalho de excelência que permite aos seus alunos superarem as classificações esperadas”, explica a tutela em esclarecimentos enviados ao JN.