Cinco meios aéreos e 93 operacionais apoiados por 27 veículos combatem, esta quinta-feira, um incêndio de grandes proporções que atinge área florestal de Ponte de Lima e Viana do Castelo.
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Segundo fonte do Comando Distrital de Operações de Socorro (CDOS) de Viana do Castelo, o incêndio teve início cerca das 00.58 horas em Poiares, Ponte de Lima, e alastrou à freguesia contígua de Carvoeiro, Viana do Castelo.
De acordo com o Comandante dos Bombeiros de Ponte de Lima, Carlos Lima, "a principal preocupação neste momento é impedir que o fogo se aproxime das povoações", estando em risco zonas habitacionais em "Carvoeiro e Vitorino de Piães".
Descreve que "as temperaturas já são muito elevadas" e o fogo lavra numa zona "de encosta, com grande declive, e alinhada com a exposição solar", o que dificulta o combate. O incêndio está ativo há cerca de 11 horas consecutivas.
Mais de uma centena de concelhos de 14 distritos de Portugal continental apresentam hoje um risco máximo de incêndio, segundo o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA).
Em risco máximo estão mais de 100 concelhos dos distritos de Viana do Castelo, Braga, Porto, Vila Real, Bragança, Viseu, Aveiro, Guarda, Coimbra, Leiria, Castelo Branco, Santarém, Portalegre e Faro.
Na quarta-feira, fonte da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) disse à Lusa que todos os distritos de Portugal continental estão em estado de alerta especial laranja, o segundo mais grave de uma escala de quatro, devido ao elevado risco de incêndio rural.
O estado de alerta especial laranja, que determina o reforço da monitorização e o grau de prontidão do Dispositivo Especial de Combate a Incêndios Rurais (DECIR), significa que o grau de risco é elevado e que se está numa "situação de perigo, com condições para a ocorrência de fenómenos invulgares que podem causar danos a pessoas e bens, colocando em causa a sua segurança".
Segundo a ANEPC, estão previstos para os próximos dias uma subida gradual da temperatura máxima, noites tropicais, baixa humidade relativa do ar e vento fraco a moderado.
No aviso à população, a ANEPC recorda que, até 30 de setembro, é proibido fazer queimas e queimadas, usar fogareiros e grelhadores em todo o espaço rural, fumar ou fazer qualquer tipo de lume nos espaços florestais, lançar balões de mecha acesa e foguetes e fogo-de-artifício.
A Proteção Civil refere ainda que é proibido fumigar ou desinfestar apiários e usar motorroçadoras, corta-matos e destroçadores nos dias de risco máximo de incêndio.