
Madrugada marcada por forte trovoada, chuva e vento
Foto: Brad Hamilton/ Arquivo Associated Press
A E-Redes tinha cerca de cinco mil clientes sem eletricidade esta quarta-feira às 17.30 horas, devido ao mau tempo, segundo um novo balanço da operadora da rede de distribuição elétrica.
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"Às 17.30 horas (última informação disponível) estavam cerca de cinco mil clientes por alimentar", indicou fonte da E-Redes à agência Lusa, pelas 18.20 horas.
Num primeiro balanço, a E-Redes tinha indicado que às 12 horas estavam perto de perto de 25 mil clientes por alimentar e, com a melhoria das condições atmosféricas previstas para a tarde, a operadora esperava "resolver rapidamente todos os constrangimentos". Um segundo balanço, pelas 14.30 horas, indicava que estavam cerca de nove mil clientes sem energia elétrica.
Às 7 horas, registavam-se 53 avarias e cerca de 31 mil clientes sem eletricidade, uma situação que se agravou uma hora depois, com um total de 37 mil clientes afetados, sobretudo nas regiões do Mondego e Tejo.
Segundo a empresa, às 8.30 horas atingiu-se um pico de cerca de 60 mil clientes sem energia e, pelas 11 horas, "houve uma melhoria significativa da resposta na resolução dos constrangimentos sentidos na rede e registavam-se cerca de 42 mil clientes sem eletricidade", sobretudo nos distritos de Santarém, Castelo Branco e Portalegre.
A E-Redes detalhou ainda que ativou o estado de alerta a partir das 20 horas de terça-feira, devido à previsão de mau tempo com chuva forte e trovoada. "A E-Redes vai manter-se mobilizada e ativa na resolução de todas as situações que possam estar a condicionar os clientes", assegurou a empresa.
784 ocorrências
Em declarações à Lusa ao início da tarde, o oficial de operações da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) José Costa indicou que foram registadas 784 ocorrências entre as 0.00 horas e as 12 horas relacionadas com a chuva e vento fortes. "Foram 435 inundações, 163 quedas de árvore, 77 limpezas de via, 76 quedas de estruturas e 31 movimentos de massa, ou seja, quedas de pedras e terras, e também um salvamento aquático", especificou.
De acordo com José Costa, a região de Lisboa e Vale do Tejo foi a mais afetada, com 409 ocorrências, seguida da região centro (191), norte (132) e Alentejo (52).
Portugal continental está a ser afetado por uma superfície frontal fria de atividade moderada a forte, provocando chuva, trovoadas e vento, segundo o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA).
