O Centro Tecnológico das Indústrias Têxtil e do Vestuário de Portugal (Citeve) já validou os protótipos de cinco máscaras reutilizáveis para uso comum e dos profissionais fora da área da Saúde.
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A informação das cinco empresas consta do portal do Citeve desde esta quinta-feira e está em permanente atualização. As máscaras são de nível 2, destinadas a profissionais que não são da área da saúde mas têm contacto com várias pessoas, e de nível 3, para uso generalizado da população.
As máscaras de nível 2 certificadas asseguram a retenção de pelo menos 90% das partículas e podem ser produzidas pela Estamparia Têxtil Adalberto Pinto da Silva, S.A. e pela Quotidiandiversity, Lda.
Já as de nível 3 asseguram a retenção de um mínimo de 70% das partículas estão autorizadas nas empresas Daily Day Studios, Lda, Digit All, Lda e Location Available, Lda.
Numa primeira fase, as máscaras têm certificação para lavagem e secagem até cinco vezes, mas os testes que continuam a decorrer no Citeve podem permitir mais no futuro.
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"Nós estamos a testar mas não conseguimos fazer mais de cinco lavagens de uma peça por dia. Ou seja, uma máscara para ser certificada para 25 lavagens precisava de uma semana só para lavar na fase de testes. Portanto aconselhamos a certificarem as máscaras para cinco e continuarem a ensaiar até às 20, 25 ou 30. Aí passamos nova certificação", afirma António Braz Costa, diretor-geral do Citeve.
Ou seja, as máscaras que já estão a ser vendidas pelas empresas certificadas até podem manter todas as propriedades de retenção de partículas e respirabilidade ao fim de mais lavagens, mas não foram, ainda, testadas para isso. "Não houve tempo para mais, é um projeto recente", complementa o diretor-geral.
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Ao Citeve chegaram já centenas de protótipos e pedidos de certificação de empresas têxteis do país. Todas estão a ser analisadas e é expectável que a lista, para já com cinco empresas, chegue às dezenas ou centenas em poucos dias. Todas as máscaras certificadas têm um selo, na caixa, que atesta a certificação do Citeve.
O centro e a ATP já alertaram os consumidores para a circunstância de existirem muitas máscaras à venda que não foram sequer testadas, portanto não asseguram a retenção mínima de partículas e podem até, no limite, não ter efeito nenhum.