Climáximo ataca instalações da Navigator e culpa indústria da celulose pelos incêndios
Duas ativistas da Climáximo atiraram tinta vermelha contra as instalações da empresa de celulose Navigator, em Lisboa, acusando-a da "morte das sete pessoas nos incêndios", que esta semana atingiram as regiões centro e norte do país.
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"As sete mortes desta semana não podem ser consideradas mero fruto da negligência. São o resultado direto de uma ofensiva coordenada entre o Estado, a indústria da celulose, e a indústria fóssil para transformar o interior do nosso país numa câmara de incineração", afirma Alice Gato, uma das ativistas que participou no protesto, citada pela Climáximo.
O coletivo afirma ainda que "as empresas de celulose continuam a lucrar com a expansão do eucaliptal, destruição da floresta autóctone e a esconder as suas emissões de gases de efeito de estufa" e apela à participação na manifestação "O País Arde, Temos de Acordar!", convocada para no domingo, às 17 horas, em vários pontos do país.
Duas pessoas foram detidas e uma foi identificada.
Em resposta à Lusa, a Navigator informou que "repudia veementemente este e todos os atos de vandalismo" contra a sede da empresa em Lisboa. Na sequência desta ação, a The Navigator Company refere que "apresentará uma queixa-crime contra os responsáveis por este ato de vandalismo".