O Centro Materno Infantil do Norte (CMIN) reportou à Direção-Geral de Saúde três casos suspeitos de hepatite aguda em bebés detetados em abril e maio, noticiou a RTP. E há quatro casos suspeitos reportados por Portugal ao Centro Europeu de Prevenção e Controlo de Doenças (ECDC, na sigla em inglês).
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O Centro Europeu de Prevenção e Controlo de Doenças (ECDC na sigla em inglês) pediu aos profissionais de saúde que analisassem os ficheiros retrospetivamente até outubro. No mundo já foram diagnosticados cerca de 300 casos de hepatite aguda atípica infantil, quase metade (145) no Reino Unido. A DGS criou um grupo de trabalho para acompanhar a situação.
Duas das crianças deram entrada no CMIN em abril: uma de dois meses tinha uma forma agressiva do vírus herpes; outro bebé de quatro meses estava com covid-19. De acordo com a RTP, a terceira criança, com menos de um ano, deu entrada em maio com uma infeção fulminante no fígado cuja causa ainda não foi identificada, apesar de já estar a recuperar e estar a ser acompanhada em consulta.
Quatro casos no ECDC
A subida de casos suspeitos é expectável tendo em conta a investigação que foi pedida. "Podem não confirmar-se", frisa ao JN Rui Tato Marinho, coordenador do Programa Nacional para as Hepatites Virais da DGS, confirmando que há quatro casos suspeitos reportados ao ECDC. À RTP, o diretor do CMIN, Caldas Afonso, sublinhou que a definição a partir da qual se deve reportar um caso suspeito "é muito lata: diagnóstico de hepatite aguda cuja causa vírica habitual está excluída e com enzimas infecciosas hepáticas acima das 500".
O secretário de Estado Adjunto da Saúde, António Lacerda Sales, revelou na sexta-feira que em Portugal havia registo de seis casos suspeitos. Em 15 países da União Europeia foram reportados 95 casos, a maioria em Itália (35) e Espanha (22).