Num cenário de quatro sufrágios em 2024, foram pedidas mais verbas ao Parlamento. Politólogos preveem efeitos na abstenção e no voto de protesto.
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A Comissão Nacional de Eleições (CNE) pediu à Assembleia da República o reforço do seu orçamento para este ano devido à sucessão de sufrágios: regionais nos Açores amanhã, legislativas antecipadas em março e europeias em junho. A estas pode juntar-se uma quarta eleição a partir de maio, se Marcelo Rebelo de Sousa dissolver o Parlamento da Madeira. Uma sequência inédita que, segundo politólogos ouvidos pelo JN, pode refletir-se na abstenção e no voto de protesto.
“O reforço do orçamento já foi pedido”, confirmou ao JN o porta-voz da CNE, Fernando Anastácio, que, perante as legislativas antecipadas, diz ser necessário “alocar verbas especiais”. Dá como certo o reforço para superar os “constrangimentos”, quando se exigem mais campanhas de esclarecimento e apelo ao voto. Não quis, porém, adiantar o valor solicitado ao presidente da Assembleia, que neste momento está dissolvida.