Quando a contribuição foi criada, em 2015, os consumidores retraíram-se e a utilização destas bolsas caiu abruptamente. Tendência inverteu-se em 2019 com a receita do Estado a subir. Takeaway e entregas ao domicilio contribuem para o aumento.
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Os portugueses estão a usar cada vez mais sacos de plástico leves. Depois de uma queda abrupta no consumo devido à criação de um imposto em 2015, a tendência inverteu-se em 2019 e o uso destes sacos está a aumentar, assim como a receita da contribuição para o Estado. A tendência de agravamento mantém-se este ano, numa altura em que o Governo se prepara para taxar também os sacos muito leves. O takeaway e as entregas ao domicílio estarão a contribuir para a mudança. As associações ambientalistas estão preocupadas com esta subida.
Quando os sacos de plástico leves (espessura inferior a 50 mícrons) começaram a ser taxados, em 2015, numa tentativa de reduzir a sua utilização e os prejuízos para o ambiente, o consumo desceu. Mas, a partir de 2019, a receita da contribuição sobre esses sacos (10 cêntimos, com IVA) voltou a crescer. Os dados do Instituto Nacional de Estatística e da Autoridade Tributária e Aduaneira, facultados ao JN, comprovam o aumento do consumo. Só nos primeiros cinco meses deste ano, a venda deste tipo de sacos permitiu arrecadar 234 mil euros, metade do total da receita de 2022. O grande impulsionador será o takeaway e as entregas ao domicílio (delivery), uma tendência que cresceu durante a pandemia e se mantém.