Colocados na segunda fase pouco acima dos oito mil estudantes

A segunda fase do concurso deste ano ficou marcada por menos colocados, menos candidatos, menos vagas disponibilizadas e menos lugares a sobrar para a terceira fase, que só abrem caso as instituições assim o pretendam.

Face ao registado na segunda fase de 2023, verifica-se que menos alunos ficaram colocados este ano na mesma etapa do concurso: uma descida muito residual, de cerca de 2%, mas que está em linha com o que se tem assistido em anos anteriores. O número de estudantes a entrar na segunda fase mantém-se abaixo dos nove mil. É preciso recuar a 2022, quando 9478 pessoas entraram naquela fase e os candidatos a ficar de fora foram 11 301.

Como foi possível verificar na fase anterior de acesso ao Ensino Superior, altura em que 49 963 estudantes ficaram colocados na primeira fase do concurso, nos resultados conhecidos a 25 de agosto, há aparentemente um ajuste da oferta e da procura, que poderá estar também a verificar-se na segunda fase. É preciso recordar que a taxa de colocação na primeira fase chegou quase aos 86%, um indicador que tem subido nos últimos anos, e 56% dos alunos entraram no curso que era a sua primeira opção de escolha.

Médias conhecidas este domingo

Ao contrário do que tem acontecido, o Ministério da Educação, Ciência e Inovação não divulgou, este ano, sob embargo à comunicação social, quantos alunos ficaram colocados nos respetivos cursos e quais as classificações dos últimos colocados. Em resposta ao JN, a tutela informou que esses dados seriam apenas conhecidos às 00.01 horas deste domingo. 

No entanto, é possível apontar quais as áreas onde houve mais colocados e não sobraram vagas para uma eventual terceira fase. Em Saúde, por exemplo, dos 2510 candidatos em primeira opção, menos de metade (40%) ficaram colocados e sobraram 159 lugares. No total, não foram ocupadas 3728 vagas na segunda fase.