A importância de colocar as pessoas como parceiros ativos nas decisões em saúde é o mote do Congresso Português e Espanhol de Epidemiologia que se vai realizar terça-feira, no Salão Nobre da Reitoria da Universidade do Porto. A entrada é gratuita.
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A iniciativa vai debater o contributo da epidemiologia para a descentralização das decisões em saúde e vai reunir um painel de convidados ligados à saúde, ao poder autárquico e à sociedade civil.
O presidente da direção do Instituto de Saúde Pública da Universidade do Porto, Henrique Barros, refere que “promoção da saúde e a proteção da saúde exigem ainda mais do que é esperado da prestação dos cuidados à doença - requerem uma maior aproximação das pessoas às decisões e das decisões às pessoas, garantindo uma apropriação efetiva das escolhas ajudando a consolidar mudanças comportamentais que promovam saúde e uma gestão participada e atenta de tudo que indiretamente influencia a saúde (o trabalho, a escola, a mobilidade, o ambiente, a agricultura)”.
Por isso, a sessão de debate, moderada por Henriques Barros e intitulada “Aproximar as pessoas da Saúde: Ciência cidadã e epidemiologia para informar as decisões locais”, vai juntar vários convidados ligados à saúde, ao poder autárquico e à sociedade civil.
São exemplos Catarina Araújo, vereadora da CM Porto, Emília Santos, vereadora da CM Maia, Ricardo Mexia, presidente da Junta de Freguesia do Lumiar, José Ramón Repullo, professor no Instituto de Salud Carlos III, Eduarda Neves, representante da APRe!, Marco Santos, presidente FNAJ e José Cavalheiro, professor aposentado da FEUP.
A sessão de debate, aberta a todos os cidadãos, vai centrar-se nas vantagens e desvantagens de transferir competências da saúde de um nível central para local, bem como deverá ser assegurado um papel ativo dos cidadãos na materialização dessas transferências.
“Se a Ciência das populações tem uma dimensão global, a arte de a aplicar –a Saúde Pública – necessita de conhecimento e adaptações às necessidades locais, ou seja, tem uma dimensão de decisão regional/municipal para a qual é indispensável o equivalente nível de evidência. E isso é um contributo que a epidemiologia pode garantir”, realça Henrique Barros.
A sessão terá lugar no Salão Nobre da Reitoria da Universidade do Porto, pelas 17 horas, e é de entrada livre, dependente da lotação da sala.