A Comissão de Acompanhamento da Resposta em Urgência de Ginecologia -Obstetrícia e Bloco de Partos terá recomendado ao Governo o fecho das urgências de obstetrícia dos hospitais de Vila Franca de Xira e do Barreiro, em Lisboa e Vale do Tejo, e dos hospitais da Covilhã e de Castelo Branco, no Centro. A Norte, terá sido ainda proposto o fecho da urgência de obstetrícia de Famalicão e da Póvoa do Varzim.
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A notícia foi avançada esta terça-feira pela edição online do Expresso e pela RTP. Ao JN, o Ministério da Saúde não confirmou o conteúdo do documento que foi enviado pelo grupo técnico, liderado por Diogo Ayres de Campos, para o ministro. Referiu apenas que houve uma reunião no passado dia 3 com aquela comissão para análise do documento.
Adiantou ainda que está em curso a fase de estudo das recomendações apresentadas. O Ministério da Saúde já tinha adiantado que, uma vez que está em causa o funcionamento em rede do Serviço Nacional de Saúde, qualquer decisão envolverá a nova Direção Executiva do SNS.
Poucos casos por dia
De acordo com um levantamento feito pela comissão sobre os partos e atendimentos em urgência, bem como os recursos humanos das maternidades de todo o país, a que o JN teve acesso, as urgências de obstetrícia dos hospitais em causa têm pouco movimento.
Segundo o documento, a do Hospital de Vila Franca de Xira faz uma média de 20 atendimentos por dia e a do Barreiro faz 25. No Hospital da Covilhã, a urgência de obstetrícia recebe, em média, nove episódios por dia e a do Hospital de Castelo Branco, quatro por dia.
Apesar dos esforços, também não foi possível contactar o coordenador da comissão, Diogo Ayres de Campos.