Paula Margarido deixa cargo para ser candidata a deputada.
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Paula Margarido vai deixar a Coordenação Nacional das Comissões Diocesanas de Proteção de Menores ou Adultos Vulneráveis para ser deputada da Aliança Democrática (AD). Não sendo militante de nenhum partido, a jurista é o segundo nome da AD pelo círculo eleitoral da Madeira nas eleições legislativas marcadas para o dia 10 de março.
Na última reunião da coordenação nacional, Paula Margarido despediu-se, com emoção, dos representantes das 21 comissões diocesanas criadas para recolher testemunhos de vítimas de abusos sexuais cometidos por membros da Igreja.
Ao JN, a também coordenadora da comissão diocesana do Funchal, afirmou que se mantém em funções “até à eventual eleição” de um novo responsável, garantindo que já há “pessoas pensadas” para cargo.
Organismo com um ano
Criado há cerca de um ano, o organismo que agrega as comissões de todas as dioceses portuguesas tem por objetivo, de acordo com a Conferência Episcopal Portuguesa. As principais funções desta coordenação nacional passam por “assessorar o trabalho de cada comissão diocesana, propor procedimentos e orientações comuns, ajudar em tudo o que possa proteger as vítimas e esclarecer sobre quadros normativos canónicos e civis relacionados com os processos de abuso sobre menores”.
A este nível, o trabalho pode ser desenvolvido “tanto no que respeita ao acompanhamento da vítima como na atenção ao agressor”.