O ministro da Educação terá proposto esta segunda-feira aos sindicatos que o concurso interno, para professores de quadro, passe a realizar-se de cinco em cinco anos em vez de quatro em quatro, revelou o presidente do STOP, André Pestana. Os quadros de zona pedagógica devem voltar a ser 23.
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João Costa já havia defendido que a colocação de professores fosse por mais tempo e hoje, no primeiro dia da segunda ronda negocial, colocou um número em cima da mesa. Os 10 quadros de zona pedagógica (áreas regionais às quais os docentes ficam vinculados quando entram nos quadros) podem voltar a ser 23, como antes da redução aprovada pelo anterior ministro Nuno Crato em 2013.
As novidades terão sido apresentadas aos sindicatos num "power-point", garantiu ao JN, o presidente do STOP. Amanhã, ministro e secretário de Estado reúnem com os dirigentes das duas federações (Fenprof e FNE). E daqui a 15 dias deve volta a realizar-se nova ronda negocial sobre a revisão do regime de concursos e de colocação dos professores.
"Vemos com bons olhos o aumento do número de QZP mas é preciso salvaguardar, na transição, se os professores podem escolher o quadro em que vão ficar", frisou, apontando que um docente do Porto não vai querer ficar, "permanentemente" em Viana do Castelo, por exemplo.
O prolongamento dos concursos por mais um ano é um constrangimento acrescido, defende, para quem fica colocado longe de casa. Para André Pestana, no entanto, a medida "mais gravosa" é a possibilidade de os diretores escolherem parte dos seus docentes, de acordo com um perfil. Na reunião de hoje, assegurou o líder do STOP, o ministro não terá mencionado qual será a percentagem desse recrutamento.