Evento reúne enfermeiros nacionais e espanhóis esta sexta-feira e sábado em Guimarães. Há cerca de 22 mil pessoas portugueses com estoma
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Quando o intestino, a bexiga ou outro órgão oco – geralmente do sistema digestivo ou urinário – não funciona, pode ser criada uma via alternativa chamada estoma. Reconhecido como um saco preso a uma “ferida”, trata-se de uma ligação entre o órgão e o exterior do corpo, criada cirurgicamente para expelir resíduos como comida ou urina. É sobre o cuidado ao estoma que se falará hoje e amanhã, no 1º Congresso Ibérico de Estomaterapia.
O evento inédito acontece em Guimarães, numa parceria entre a Associação Portuguesa de Enfermeiros de Cuidados em Estomaterapia (APECE) e a Sociedad Española de Enfermería Experta en Estomaterapia. Enfermeiros dos dois países irão ter uma oportunidade rara para partilhar práticas e desafios, com o objetivo de traçar um contexto atual deste cuidado, bem como promover a formação e desenvolvimento da área.
Apesar de ser um setor da enfermagem com pouco destaque, há cerca de 22 mil pessoas em Portugal com ostomia. Para Cláudia Silva, presidente da APECE, receber a edição de estreia é ainda mais significativo no ano em que a associação celebra 20 anos.
Em destaque no evento estará a comunicação com o doente, os cuidados integrados e as oportunidades com a nova organização na saúde, através de Unidades Locais. A promoção do cuidado humanizado é uma das prioridades para o futuro referidas por Cláudia Silva.