Consumo a aumentar à boleia de novos produtos de tabaco e de nicotina
Recuo nos tradicionais, subida nas cigarrilhas e nos cigarros eletrónicos. Adesão dos jovens preocupa médicos, que defendem imposto mais pesado.
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Apesar de um ligeiro recuo no consumo de cigarros tradicionais, a procura por produtos de tabaco e de nicotina continua em alta, alavancada em parte por novos métodos de fumo. Um movimento que não surpreende os médicos ouvidos pelo JN. Que, perdida, para já, a oportunidade de avançar com a nova lei do tabaco que limitava o acesso, defendem um combate pelo lado da tributação. Naquele que, garantem, é o maior problema de saúde pública do país.
Até novembro deste ano, em termos acumulados em Portugal continental, tinham sido vendidos 8,473 mil milhões de cigarros (o equivalente a cerca de 424 milhões de maços), menos 0,89% face a período homólogo de 2022. Em sentido inverso, os dados da Autoridade Tributária dão conta de um acréscimo de 23,77% no consumo de cigarrilhas, num acumulado de 335 milhões de unidades. Sem dados para comparação (porque só estão a ser contabilizados em 2023), contam-se, ainda, 496 milhões de gramas de tabaco aquecido.