Contra o "socialismo do compadrio", há mais uma lista ao Conselho Nacional do PSD
O ex-eurodeputado do PSD, Joaquim Biancard Cruz, o deputado Duarte Marques e a eurodeputada Lídia Pereira vão apresentar uma lista ao Conselho Nacional do PSD, sob o lema "Participação e Debate de Qualidade". A intenção foi revelada esta sexta-feira à tarde, antes do início do congresso de Viana do Castelo.
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"O objetivo essencial desta lista é ajudar o partido a afirmar-se como a Alternativa Reformista Moderada em Portugal, contra o socialismo do compadrio e estagnação e o populismo intolerante", afirmam os proponentes, revelando que a sua candidatura "pretende trazer um contributo construtivo e plural, promovendo a renovação e abertura do partido e o aprofundamento e qualificação do debate político no Conselho Nacional".
A lista, apontada como "abrangente e conhecedora da diversidade e disparidade territorial do país", inclui jovens com percursos nos Parlamentos Europeu e Nacional, autarcas de municípios e freguesia, dirigentes sindicais e de diferentes associações. A lista integra mais de 85 candidatos, designadamente: Joaquim Biancard Cruz, Duarte Marques, Lídia Pereira, Pedro Pimpão, Hugo Carvalho, Guilherme Duarte, Nataniel Araújo, Pedro Cepeda, Paulo Ferreira e Emanuel Boieiro (TSD), Bruno Sousa Costa, Alexandre Gaudêncio, Hernâni Ribeiro, Eduardo Castro Marques, Paulo César, David Cristóvão, Ricardo Carvalho, Quitéria Roriz, Tiago Gonçalves e José Bizarro.
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"Esta candidatura ao máximo órgão nacional do PSD entre Congressos é um contributo cívico de um grupo de pessoas que querem muito mais para o seu país. Que acreditam e querem contribuir para que o PSD seja a resposta para as aspirações insatisfeitas de milhões de portugueses que não se conformam com a governação socialista que tem significado a estagnação, a desconfiança da liberdade e das iniciativas privada e social, a desconsideração pelo esforço e o mérito, o Estado subjugado aos interesses do Partido, o desrespeito por instituições independentes e pela sociedade civil, o desperdício histórico da melhor conjuntura internacional em décadas, a irresponsabilidade de hipotecar o futuro sem fazer as reformas tão necessárias em diversas áreas e mercados e uma gestão pública incompetente que asfixia os portugueses, trabalhadores, empresários e pensionistas, com a carga fiscal máxima de sempre para retribuir com serviços públicos nos mínimos de sempre", escrevem os proponentes.
É tradição haver várias listas
Esta lista é também uma iniciativa "com grande sensibilidade ao mundo do trabalho, porque o PSD percebe que tem de ser a resposta quando o PS de António Costa despreza e desrespeita o papel fundamental dos trabalhadores e do sindicalismo moderado.
Esta lista representa uma geração de portugueses inconformados que quer rasgar com qualidade e responsabilidade, energizando o Partido e ajudando a construir essa resposta reformista e moderada em alternativa ao socialismo e ao populismo".
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É tradição no PSD haver várias listas ao Conselho Nacional. No último congresso, em 2018, em Lisboa, houve oito listas, o mesmo número de 2016. Em 2018, Rui Rio apresentou uma lista de união, encabeçada por Santana Lopes e com Paulo Rangel em número dois, que elegeu 34 nomes em 70.
Para apresentar uma lista ao Conselho Nacional são precisos 85 membros e 25 subscrições.