Uma corrida de galgos marcada para o dia 21, na Quinta do Arco, com o objetivo de angariar fundos para a paróquia, está causar alvoroço em Gueifães, na Maia.
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Entre os moradores, há quem condene a participação dos animais em provas físicas e quem alegue que o problema não é a competição, mas sim os riscos que acarreta para a segurança dos cães. "Se não gostamos quando colocam a nossa vida em risco, também não o devíamos fazer com os animais", sublinha Pedro Tiago, 19 anos.
A opinião é partilhada por Maria Cunha, 50 anos: "Não sou contra estas provas, o que não pode acontecer é os donos porem os animais a treinar e a competir quando sabem que estes não têm capacidades para aguentar o esforço a que vão ser sujeitos". Na sua opinião, "é necessário haver uma boa preparação prévia, feita de forma consciente e com a devida antecedência para garantir a integridade do cão na prova".
Há quem goste
Margarida Silva, 50 anos, considera que "não faz sentido os cães competirem". "Só deviam correr por vontade própria, não porque os seus donos os obrigam", acrescenta.
Há, no entanto, quem goste de assistir a estas competições. "Já fomos a corridas de galgos e achámos interessante", revelam Fernando Miranda, 43 anos, e Álvaro Cesteira, 51 anos.
A associação da paróquia à iniciativa não é bem vista por alguns moradores. Lara Santos, 19 anos, considera que a igreja não deve associar-se a este género de provas. O JN tentou, sem êxito, ouvir a paróquia.
Cruz Vermelha cancela parceria em Vila do Conde
A Cruz Vermelha acedeu ao pedido de cancelamento da corrida de galgos marcada para os dias 13 e 14 de julho em Vila do Conde, feito pela SOS Animal junto de Francisco George, presidente da organização. Ao JN, a Cruz Vermelha assegurou que, desde o início, assumiu apenas o papel de "entidade parceira e não de elemento da organização". Ontem, tornou público o cancelamento da parceria.