O primeiro-ministro reuniu-se, esta terça-feira, com a chanceler alemã, Angela Merkel para preparar a presidência portuguesa do Conselho da União Europeia, em janeiro. O objetivo é construir uma Europa "mais resiliente" após a pandemia, sustentada numa "abordagem comum" para com a China e a Índia.
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A reunião, prevista inicialmente para Berlim, aconteceu por videoconferência. Segundo um comunicado conjunto, as prioridades da UE para os próximos meses são as "transformações verde e digital", o reforço da "autonomia estratégica" da União e a melhoria das suas capacidades de "enfrentar crises como as pandemias e os ciberataques".
Depois da pandemia, tem sido unânime a necessidade da UE reforçar a sua capacidade produtiva e ganhar independência em matéria de bens essenciais.
O combate às alterações climáticas e a "soberania digital" da UE - nomeadamente através da "promoção da digitalização" - foram outros temas a merecer destaque no encontro, no qual também participou Janez Janša, primeiro-ministro da Eslovénia, que sucederá a António Costa na presidência do Conselho em julho de 2021.
O comunicado anuncia ainda que os três governantes têm como "prioridade comum" o objetivo de "reforçar o papel da Europa no mundo". Dessa forma, foi salientada a "necessidade de uma abordagem comum para as relações da União Europeia com a China e a Índia", por forma a "fortalecer a capacidade da UE para moldar a política mundial" e torná-la "uma voz forte na defesa de uma ordem mundial multilateral baseada em regras e aprofundando a cooperação com parceiros-chave".
Alemanha, Portugal e a Eslovénia serão os três próximos países a chefiar o Conselho da União Europeia. Os alemães assumirão a presidência rotativa a 1 de julho de 2020 e serão substituídos por Portugal em janeiro. Em julho de 2021 será a vez da Eslovénia.