O primeiro-ministro recusou, esta quarta-feira, fazer qualquer comentário sobre a crise política, justificando que viajou até à Guiné-Bissau para celebrar os 50 anos da independência daquela ex-colónia portuguesa.
Corpo do artigo
À chegada, António Costa apenas disse que é sempre bom encontrar-se com o presidente da República, que também estará na Guiné-Bissau. Como de costume, Costa e Marcelo Rebelo de Sousa fizeram a viagem em aviões separados.
O chefe do Governo abordou unicamente o tema da independência da Guiné-Bissau, tendo falado de uma "dupla libertação": por um lado, Portugal derrubou a ditadura, por outro as colónias derrotaram o colonialismo.
"O processo de libertação do colonialismo foi uma luta paralela à libertação da nossa ditadura", reforçou Costa, lembrando: "Há 50 anos, ainda nos combatíamos".
A Guiné-Bissau declarou a independência em setembro de 1973, mais de meio ano antes do 25 de abril. Hoje, segundo o primeiro-ministro, há uma relação "fraterna" e "de forte cooperação" entre o país africano e Portugal.