O primeiro-ministro alertou que os dois meses de paragem de produção na Autoeuropa terão um impacto "enorme" no PIB nacional.Milhares de trabalhadores da fábrica de Palmela iniciaram esta segunda-feira um período de layoff, devido à paragem de produção de peças na Eslovénia em virtude das cheias que afetaram esse país-
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"Dois meses de interrupção da laboração da Autoeuropa terão um peso enorme no crescimento do nosso produto e nas nossas exportações", avisou António Costa, no domingo, no Chile. O layoff deverá estender-se até 12 de novembro.
O chefe do Governo reconheceu que a situação da fábrica da Volkswagen é "muito desafiante". Ainda assim, instou os responsáveis económicos a irem "alinhando posições", para que o país possa sair "da melhor forma" desta "sucessão de choques de grande impacto".
Costa sublinhou que a paragem de produção ocorre devido a "fatores absolutamente externos", bem como à "interdependência" que existe entre as empresas europeias. "Não tem a ver com a situação de Portugal nem com a fábrica em Palmela, mas com as cheias na Eslovénia. Podia ter acontecido o inverso", rematou.
Os trabalhadores da Autoeuropa querem tentar evitar que o layoff se estenda durante as nove semanas decretadas, sendo que já foram dispensados pelo menos 100 funcionários precários.