O primeiro-ministro António Costa reuniu, esta terça-feira, em Oliveira do Hospital, com autarcas da região para fazer o levantamento dos danos causados pelos incêndios de domingo e definir a estratégia de reconstrução.
Corpo do artigo
O chefe de governo esteve, esta terça-feira de manhã, na Unidade de Queimados de Celas dos Hospitais Universitários de Coimbra, onde se encontram alguns dos feridos dos incêndios de domingo.
À tarde reuniu com os presidentes da Câmara de Oliveira do Hospital, Santa Comba Dão, Tábua e Mortágua, e defendeu, numa declaração cerca das 17.30 horas, que "é hora de arregaçar as mangas e de começar a intervir", nomeadamente no levantamento dos danos e definição da estratégia de reconstrução.
"Ficou definido um plano de trabalho para, nas próximas duas semanas, fazermos o levantamento integral dos danos que existem de forma a podermos começar a responder a reconstruir os territórios", disse aos jornalistas.
Sobre a deslocação do presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, a Oliveira do Hospital, o primeiro-ministro indicou que ambas as visitas foram "articuladas" e que na quarta-feira terá a habitual reunião semanal com o chefe de Estado.
Costa respeita moção de censura do CDS-PP
8850990
O primeiro-ministro disse respeitar a moção de censura ao Governo apresentada pelo CDS-PP, considerando que é perante a Assembleia da República que o executivo "tem que responder", o que faz parte da normalidade do funcionamento das instituições.
"Respeito. É um direito constitucional do CDS. A legitimidade do Governo resulta da Assembleia da República. É perante a Assembleia da República que tem que responder. Faz parte da normalidade do funcionamento das nossas instituições", respondeu aos jornalistas.
A presidente do CDS-PP, Assunção Cristas, anunciou que o partido vai apresentar uma moção de censura ao Governo em resultado dos incêndios e devido à falha em "cumprir a função mais básica do Estado: proteger as pessoas".