O primeiro-ministro, António Costa, afirmou, esta segunda-feira, que, apesar de os meios de combate a incêndios estarem preparados, a prevenção dos fogos é da responsabilidade de cada um, fazendo uma analogia com a proteção usada durante a pandemia.
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"Se me permitem uma analogia para algo que ainda está bem vivo: quando a pandemia nos atingiu, sabíamos que podíamos contar com o melhor dos nossos profissionais de saúde. Mas havia uma coisa que sabíamos todos: a primeira forma de evitarmos a pandemia era usarmos máscara. Aqui é ninguém fazer lume ou trabalhar com máquinas agrícolas. Os incêndios não nascem de ação espontânea, nascem da ação humana", lembrou o primeiro-ministro em Coimbra, onde começou uma visita pelos meios de combate a incêndios.
Segundo António Costa, esta semana será de "situações de risco máximo" e que ninguém pode relaxar. "Ouvimos a palavra contingência muitas vezes durante a pandemia. Temos vivido muitas vezes situações de contingência e esperamos não chegar à fase de calamidade. Vamos viver situações de risco máximo e qualquer descuido mínimo provoca um grande incêndio", apontou.
O primeiro-ministro assegura que o país está melhor preparado do que em 2017. "Para além das excecionais condições naturais que aconteceram a 17 de junho e 15 de outubro de 2017, o país está mais preparado. Mas com estas condições, temperaturas extremas, um ano de seca extrema, com o combustível muito volumoso, qualquer fagulha desencadeia logo um incêndio. Mas os meios estarem no terreno não diminui a nossa responsabilidade. Só ocorre um incêndio se a mão humana atuar", considerou.
António Costa está esta segunda-feira em Coimbra, na Lousã e em Viseu, onde vai verificar a operação de combate a incêndios, numa semana em que o país está em estado de contingência, devido às temperaturas elevadas previstas.