António Costa não quer ninguém a desmobilizar, nem a se deixar levar por sondagens que dão a vitória ao PS a 6 de outubro: "há um grande combate a fazer para podermos ganhar mesmo as eleições", disse, este sábado, num almoço com apoiantes em Famalicão, Braga, onde lembrou que "o que conta mesmo são os votinhos com a cruz posta no símbolo da mãozinha do PS".
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O secretário-geral do PS, que participou num almoço depois de ter tido indicação médica para "evitar os momentos de rua" devido a uma lesão muscular com que se debate, fez uma curta intervenção onde voltou a pedir aos portugueses que "dêem mais força ao PS" para "garantir mais quatro anos de estabilidade de um governo do PS".
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"O apelo que faço é que, ao longo da próxima semana, mantenhamos bem alta a mobilização que temos tido. Há um grande esforço de mobilização a fazer. Há um grande combate a fazer para podermos ganhar mesmo as eleições", disse António Costa, voltando a pedir aos apoiantes que não desmobilizem face às sondagens que apontam para uma vitória do PS.
"Que ninguém se deixe iludir por sondagens porque as eleições não se ganham em sondagens. O que conta mesmo são os votinhos com a cruz posta no símbolo da mãozinha do PS", disse, recorrendo a uma linguagem popular para garantir que nenhum voto se perde.
Uma década a crescer
António Costa orgulha-se de poder dizer "olhos nos olhos" dos portugueses que conseguiu cumprir o que se comprometeu a fazer há quatro anos, mantendo os compromissos com os seus parceiros e com a União Europeia. "Tínhamos o objetivo de pôr o país novamente a crescer e, felizmente, o país hoje cresce acima da média da União Europeia", disse, insistindo que o seu objetivo "não é ter só quatro anos a crescer". "A nossa ambição é ter uma década de convergência, uma década a crescer sempre acima da média da UE, é essa a nossa ambição", disse, admitindo que muito do emprego criado "ainda não é o emprego digno e de qualidade" e que é preciso que "os rendimentos de quem trabalha continuem a melhorar em Portugal".
Outra das bandeiras do secretário-geral do PS é a promoção de mais igualdade e do combate à pobreza. "Enquanto a pobreza não for erradicada não teremos sossego", disse, lembrando que o programa do PS inclui o compromisso de aumentar o Complemento Solidário para Idosos (CSI) "de forma a que ninguém, nenhum idoso, viva abaixo do limiar de pobreza".
Mandatários para tudo
O almoço de Famalicão ficou marcado por um momento inusitado: Joaquim Barreto, líder da Federação Distrital de Braga, chamou ao palco, orgulhoso, mais de duas dezenas de mandatários temáticos, incluindo mandatários para a inclusão, para o etsilo de vida saudável, para a cultura popular, para os pastores, para os pescadores...e para o vinho verde.
António Costa saudou o "lote extraordinário de mandatários e mandatárias temáticos que representam bem esta grande coligação do PS com a sociedade portuguesa". E foi brindado com uma divertida cantiga à desgarrada pela cantora "marota minhota" Cláudia Martins que, sintonizada com o líder do PS, disse ter "valido a pena a geringonça".