Os lesados do BES não precisam de "caridade" pessoal do primeiro-ministro para ter acesso à justica, mas sim de ter um Estado que lhes garanta direitos fundamentais, disse António Costa, este domingo à tarde, em Matosinhos.
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A oferta de Passos Coelho para iniciar uma subscrição pública para que os lesados do BES possam recorrer à Justiça "não foi uma gaffe", foi a "tradução do seu pensamento mais profundo", disse o líder socialista, esta tarde, num almoço no centro de desportos e congressos de Matosinhos.
"O acesso à educação, à saúde, a garantia da segurança social, o acesso à habitação, à justiça não dependem de uma subscrição pública, são direitos fundamentais" que "não dependem da caridade do primeiro-ministro" mas que o Estado deve assegurar, disse o candidato a primeiro-ministro.
Para António Costa, esta é a fronteira que "separa esta Direita radical do consenso político e social que se formou em Portugal nas últimas quatro décadas" e uma razão para que o PS ganhe as eleições de 4 de outubro.
Pelas 17 horas, António Costa atravessa o rio Douro e vai até à Afurada, em Gaia.