O primeiro-ministro pediu prudência para evitar um aumento maior do número de casos de covid-19 na região de Lisboa, vincando também "não haver qualquer correlação" com a reabertura do turismo ou os festejos do Sporting.
Corpo do artigo
"A mensagem de prudência é uma mensagem que temos de manter permanentemente porque é muito claro para todos que a pandemia ainda não desapareceu. Felizmente, a vacinação tem vindo a evoluir a um bom ritmo, mas estamos longe da cobertura da totalidade da população", declarou António Costa aos jornalistas portugueses em Bruxelas no final de um Conselho Europeu de dois dias.
Portugal registou esta terça-feira três mortes e 375 novos casos de infeção por covid-19. Na região de Lisboa e Vale do Tejo foram notificados mais 175 casos.
Questionado na ocasião sobre a situação de Lisboa e Vale do Tejo, onde se tem registado uma subida do número de infeções, o chefe de Governo repetiu a ideia: "Vamos ter de continuar a ser prudentes até a pandemia ser erradicada e o concelho de Lisboa não é diferente dos outros 277 concelhos do continente e, por isso, as regras que se aplicam aos 278 concelhos aplicam-se também a Lisboa".
Questionado sobre se o aumento de casos na região poderá estar relacionado com a reabertura do turismo no país, nomeadamente para turistas britânicos, António Costa vincou que "não há qualquer correlação estabelecida neste momento entre essa reabertura" e a subida das infeções. "Os casos estão mais associados a celebrações familiares e a condições habitacionais do que a propriamente aos turistas britânicos", assinalou.
Também "não parece haver grande evidência" de ligação com os festejos do Sporting, acrescentou. "Há alguns casos de pessoas que, infelizmente, estão infetadas e participaram nos festejos, mas a fazer fé das imagens que vi na televisão das pessoas que estavam nos festejos e do número de casos verificados diria que não há aí uma forte correlação", concluiu.
Para hoje, está marcada uma conferência de imprensa para anunciar as novas medidas relacionadas com a pandemia para a região de Lisboa, tendo em consideração a subida do número de casos e do índice de transmissibilidade nesta região do país.