O cabeça de lista da Iniciativa Liberal considerou que os dois eleitos conquistados foram "uma grande vitória". Para João Cotrim Figueiredo, provou-se que o partido soube ir "buscar votos aos indecisos" e que está aqui "para ficar".
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João Cotrim de Figueiredo considerou que a “grande vitória” de hoje da Iniciativa Liberal, que conquistou dois eurodeputados, mostra que o partido soube “ir buscar o voto aos descontentes” e que está para “ficar”. O cabeça de lista dos liberais dirigiu-se ainda aos “velhos do Restelo” que eram céticos quanto ao liberalismo, para lhes dizer que se provou que “tem um lugar em Portugal”.
“9,1%. Dois eurodeputados! Eu vou para Bruxelas, mas não vou sozinho, levo a Ana Martins comigo"”, começou por declarar, em euforia, aquele que foi o primeiro deputado eleito da IL na Assembleia da República, em 2019, e que quis repetir o feito, no Parlamento Europeu, acabando por ir além.
No início da noite, o deputado Bernardo Blanco tinha considerado que este era um “dia de esperança”, precisamente por a IL ter conseguido garantir a “representação em todos os parlamentos”.
Poucas horas depois, Cotrim de Figueiredo falava numa “grande vitória da IL”. “Teve o seu melhor resultado de sempre. Em cinco anos, estamos em todos os parlamentos, em cinco anos desmentimos todos aqueles velhos do Restelo que diziam que o liberalismo não tinha lugar em Portugal. Temos sim!”, afirmou, agradecendo a confiança depositada pelo seu sucessor na liderança da IL, desde dezembro de 2022, Rui Rocha.
Cotrim, que em três anos de liderança conseguiu passar de um para oito deputados nacionais, procurou dividir, assim, a vitória de hoje, que disse só ter sido possível porque a IL “foi a única força política” que soube “ir buscar o voto dos descontentes”. “Viemos para ficar, para fazer Portugal um país mais liberal e estamos para nunca dar tréguas nem aos socialistas nem aos populistas”, avisou o candidato.
Com o resultado desta eleição (o dobro da meta estabelecida pela IL, que era um eleito), Cotrim de Figueiredo conquistou condições para alcançar a ambição assumida no último dia da campanha: ser vice-presidente do Partido Liberal Europeu.
Em 2019, a IL foi a 11.ª força política, ao obter apenas 0,88% (29.120 votos). E, resultado disso, falhou o objetivo de eleger o seu cabeça de lista, o economista Ricardo Arroja, não conquistando, portanto, qualquer lugar no Parlamento Europeu.
Este domingo, o partido subiu para quarta força política, conquistando 357 825 votos, o correspondente a 9,07%. Um resultado que lhe permitiu entrar, pela primeira vez no Parlamento Europeu, com dois eleitos.