Uma vontade inabalável de mudar de vida fez Telma Pedroso deixar uma carreira de 18 anos de bancária para abraçar uma paixão ligada à doçaria, que se transformou numa empresa em Santa Maria da Feira.
Corpo do artigo
Foi a vontade inabalável de mudar de vida que fez Telma Pedroso deixar os 18 anos como bancária para abraçar uma nova paixão que se transformou numa empresa de doçaria conventual. A aposta num salão de chá, em 2016, levou-a a perceber que os seus doces faziam sucesso entre a clientela. Eram de tal forma requisitados que o número de encomendas para o exterior passou a ser muito superior ao número de vendas de doces no espaço de restauração.
"Percebi que vendia mais para fora do que em sala. Decidi começar a trabalhar à porta fechada e a dedicar-me às vendas por encomenda", explica ao JN Urbano.
Criou a empresa "Telma Pedroso - Cake Designer", dedicada a bolos de casamento e momentos cerimoniais que rapidamente granjeou clientela e levou a empreendedora a ter necessidade de chamar até si alguns colaboradores mais próximos.
Fui à gaveta buscar as formações em doçaria conventual, que era das coisas de que mais gostava e que não tinha tido possibilidade de colocar em prática
Com o surgimento da pandemia as cerimónias deixaram de se realizar e a empresa ameaçava entrar numa situação difícil.
A empresária não baixou os braços. "Tivemos de pensar num plano B ou fechávamos a porta. Fui à gaveta buscar as formações em doçaria conventual, que era das coisas de que mais gostava e que não tinha tido possibilidade de colocar em prática", recorda.
Em março de 2021, oficializa a marca A Morgadinha dos Conventuais, que rapidamente se tornou numa mais-valia para o negócio e abriu novas expectativas.
Queria algo que simbolizasse o nosso concelho. E como estávamos também a passar por uma pandemia pareceu-me oportuno
"Foi uma novidade e o que nos acabou por sustentar o negócio. Não tínhamos ninguém a trabalhar especificamente na área conventual em Santa Maria da Feira", observa.
Telma Pedroso decide inovar e cria o que designa de "Pastel S. Sebastião", numa referência ao santo padroeiro, ligado à devoção da Festa Das Fogaceiras para que o Mártir acabasse com a peste negra.
"Queria algo que simbolizasse o nosso concelho. E como estávamos também a passar por uma pandemia pareceu-me oportuno", referiu.
O pastel S. Sebastião e os doces conventuais tornam-se num sucesso. "Começamos a ter encomendas um pouco para todo o país, especialmente na zona do Porto, Aveiro e concelhos vizinhos. Lisboa é também um mercado muito forte para nós", conta.
A empresa está presente nas principais plataformas e redes sociais. "Também nos batem muitas vezes à porta", conclui.