A ministra da Presidência, Mariana Vieira da Silva, declarou, esta sexta-feira, que a crise da habitação "é um problema comum, que precisa de uma resposta comum" da União Europeia.
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Referindo-se à carta enviada pelo Primeiro Ministro, António Costa, em que a reivindicação de medidas específicas para ajudar os cidadãos no acesso a habitação a custos acessíveis é referida como prioritária, a governante disse que, atualmente, Portugal "participa nas discussões e propõe temas para as discussões". Mariana Vieira da Silva prestou estas declarações em Ponte da Barca, onde participa no Summer CEmp da Representação Portuguesa da Comissão Europeia.
"É exatamente isso que aqui se faz. Há um problema comum que necessita de uma resposta comum. Não apenas a habitação, como a nossa capacidade de reter talento. E não há melhor quadro, nem nenhum quadro para este debate do que a União Europeia (UE)", afirmou.
À semelhança do que declarou também esta sexta-feira, o Secretário de Estado dos Assuntos Europeus, Tiago Antunes, também defendeu que a UE deve ajudar os europeus no acesso à habitação, como ajudou com vacinas na pandemia.
"Para todos os problemas complexo precisamos de respostas o mais fortes possíveis. Um país como Portugal que faz parte da UE, a resposta deve sempre passar por um debate a nível europeu na procura de instrumentos comuns", afirmou, recordando que na Europa existiram "instrumentos comuns, no caso da pandemia, das vacinas, dos programas".
E respondeu às declarações de Paulo Rangel, que afirma que o Governo se está a desresponsabilizar da crise habitacional, comentando que "esse tipo de críticas remete para determinada visão da relação do nosso país com a UE, ora cumpre regras, ora pede ajuda".
"Não é isso que está em causa. Portugal é um país que faz parte da UE e temos uma participação ativa na definição dos temas. Portugal também esteve na primeira linha na resposta à pandemia, na necessidade de criar um programa como o PRR e também esteve na primeira linha com o desenho de apoios muito significativos que foram dados para, numa situação de paragem total da economia europeia, que existissem programas que reforçassem o emprego, protegessem o emprego e os salários", indicou.