Criticado no PS, ministro do núcleo duro reforça ataque à comissão de inquérito da TAP
Adão e Silva recusa retratar-se após críticas e é alvo de mais contestação da bancada socialista. Ministro da Cultura é acusado de pressionar deputados
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O ministro da Cultura, Pedro Adão e Silva, reforçou as críticas à comissão parlamentar de inquérito (CPI) à TAP, avisando que “estamos a abrir as portas para uma lógica de reality show que degrada todas as instituições”. Recusou retratar-se, como pediu o presidente da comissão, Lacerda Sales, que foi apoiado pelas deputadas socialistas Alexandra Leitão e Isabel Moreira. Já o politólogo António Costa Pinto considera que a posição de Adão e Silva “foi, no mínimo, comunicada” ao núcleo duro do Governo, de que faz parte (ler entrevista ao lado).
Após ter comparado os deputados da CPI a “uma espécie de procuradores do cinema americano de série B da década de 80”, numa entrevista ao JN e à TSF, Adão e Silva insistiu, ontem, na alusão à lógica do “reality show”. E até quis “elaborar mais”, dizendo não ter necessidade “de se retratar”. Um pedido feito por António Lacerda Sales, presidente da CPI e eleito do PS, para quem as palavras do ministro são “falta de respeito” e uma “caracterização muito injusta” do trabalho dos deputados. Isto quando já foi conhecido o relatório preliminar (ler página 11).