Os críticos internos exigem ter lugares nas listas de candidatos a deputados do PS, em nome da pluralidade e da unidade interna. O líder do movimento Democracia Plena, Daniel Adrião, pretende um lugar "claramente elegível" pelo círculo de Lisboa.
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Queriam ter primárias para a escolha de candidatos a deputados do PS, alegando que tal é imposto pelo artº 68º dos Estatutos do PS. Mas o secretário-geral socialista, António Costa, não o fez.
Agora, os críticos internos reclamam que se dê continuidade ao "espírito de unidade e de coesão alcançados no 23º congresso" do partido e que ditou que o movimento Democracia Plena, liderado por Daniel Adrião, obtivesse 12% dos lugares da Comissão Nacional (28 dos 251 membros) e 15% da Comissão Política Nacional (10 membros em 65).
Para tal, o movimento de Daniel Adrião exige não ser saneado das listas de candidatos a deputados. Perante o facto de nenhum crítico ter sido indicado pelas estruturas federativas do PS, o Democracia Plena enviou uma carta a António Costa e ao secretário-geral-adjunto, José Luís Carneiro, a pedir uma reunião urgente e a exigir que a tendência seja incluída na quota da Direção Nacional.
"Exigimos que o líder do movimento Democracia Plena, Daniel Adrião, ocupe um lugar destacado da lista de candidatos a deputados pelo círculo de Lisboa, em posição claramente elegível", lê-se na carta a que o JN teve acesso.
Os críticos reclamam também "a inclusão de outros camaradas do movimento Democracia Plena nas listas de candidatos noutros círculos eleitorais", alegando que "a consciência crítica tem contribuído para enriquecer a democracia pluralista e alargar o espetro onde o partido poderá alcançar novos eleitores".
"A unidade constrói-se com pluralidade e confiança", sintetiza o movimento, na referida carta enviada a António Costa e a José Luís Carneiro.