<p>Cronologia dos principais factos relacionados com de Madeleine Beth McCann, há dois anos, de um complexo turístico na Vila da Luz (Praia da Luz), no concelho de Lagos, no Algarve</p>
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2007
3 Maio: Madeleine, menina britânica de três anos, desaparece do quarto onde dormia juntamente com os dois irmãos gémeos, num apartamento do aldeamento turístico Ocean Club, na Praia da Luz, Lagos.
Os pais, ambos médicos (pai cardiologista, mãe médica de clínica geral), jantavam com um grupo de amigos num restaurante do 'resort' a cerca de 50 metros do apartamento. Tinham chegado ao Algarve a 28 de Abril.
5 Maio: O director da Polícia Judiciária de Faro, Guilhermino Encarnação, disse estar em situação de assegurar que a criança terá sido raptada e que todos os caminhos apontam para um crime de rapto, existindo já um 'esboço' de um suspeito.
10 Maio: O casal McCann é ouvido, pela segunda vez, na PJ, enquanto o apartamento onde estavam alojados voltou a ser revistado.
O porta-voz da PJ para o caso assegura que não recai qualquer tipo de suspeita sobre familiares e amigos da criança.
14 Maio: O cidadão luso-britânico Robert Murat torna-se no primeiro arguido no processo do desaparecimento da menina.
25 Maio: PJ revela a descrição do presumível raptor, segundo o semanário inglês The Observer, após ter sido pressionada pelo então ministro das Finanças britânico e futuro primeiro-ministro, Gorden Brown.
31 Julho: A PJ, elementos da Polícia britânica e dois cães, especialistas em detectar sangue e odores a cadáver, inspeccionam apartamento de onde a menina desapareceu.
6 Agosto: O Jornal de Notícias avança que Madeleine poderá ter sido morta acidentalmente, porque foram encontrados vestígios de sangue, presumivelmente da pequena Maddie, no apartamento ocupado pelo casal McCann.
10 Agosto: O director nacional da Polícia Judiciária, Alípio Ribeiro, afirmou que o caso está longe de ser esclarecido, apesar de terem surgido novos elementos na investigação.
7 Setembro: O casal McCann volta a ser ouvido no Departamento de Investigação Criminal (DIC) da PJ de Portimão. O advogado Carlos Pinto de Abreu anuncia que Kate e Gerry McCann foram constituídos arguidos. Dois dias depois, o casal regressa a Inglaterra, onde reclama inocência.
11 Setembro: O relatório preliminar da PJ sobre o desaparecimento da menina é entregue ao Ministério Público (MP), em Portimão, que o remeteu ao juiz de instrução criminal.
2 Outubro: O titular do processo "Maddie" e coordenador da PJ de Portimão, Gonçalo Amaral, em declarações ao Diário de Notícias, critica a Polícia britânica, por "andar a fazer o que o casal [McCann] queria". Poucos dias depois é demitido da função e afastado do processo.
9 Outubro: A imprensa inglesa cita fontes dos laboratórios de Ciências Forenses de Birmingham que revelam que os últimos resultados das análises ali efectuadas mostram que a Polícia portuguesa agiu correctamente ao considerar Kate e Gerry McCann como arguidos no desaparecimento da sua filha.
2008
11 Janeiro: O Ministério Público pediu o alargamento do prazo do segredo de Justiça do processo por mais três meses, revelou à Lusa fonte da Procuradoria-Geral da República.
2 Fevereiro: O director nacional da Polícia Judiciária admitiu, numa entrevista conjunta Rádio Renascença/Público, que poderá ter havido "precipitação" na constituição como arguidos dos pais da criança.
13 Fevereiro: O ministro da Justiça, Alberto Costa, afirmou perante a Comissão Parlamentar de Assuntos Constitucionais, Direitos, Liberdades e Garantias que o processo "não foi afectado" pelas declarações do director nacional da PJ sobre a constituição de arguidos do casal McCann.
8 Abril: Um dia depois da sua chegada a Inglaterra, três inspectores da PJ e da Polícia britânica iniciam as inquirições aos amigos do casal McCann que estiveram na Praia da Luz.
21 Julho: O Ministério Público arquiva o processo sem rasto da menina, nem suspeitos ou culpados. Admite reabri-lo caso surjam novos elementos de investigação.
4 Agosto: O Tribunal de Portimão entrega à comunicação social um DVD com informações do processo onde constam, entre outros elementos, fotografias, depoimentos, imagens de câmaras de vigilância e cartas rogatórias.