A Cruz Vermelha Portuguesa realizou o transporte urgente de 60 mil pessoas, auxiliando 7378 vítimas de violência doméstica e apoiando 2817 idosos, em ambas as valências através de teleassistência, revelou ao JN o presidente da CVP, António Saraiva.
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António Saraiva falou, este domingo, à margem da inauguração da nova sede da Delegação de Braga da CVP, no mesmo dia em que a instituição assinala 159 anos de existência em Portugal, referiu a importância da sustentabilidade desta organização.
Ainda segundo António Saraiva, "no ano de 2022, a CVP duplicou as ajudas prestadas em 2021 e já em 2023 ainda aumentou esse valor, uma vez que os pedidos de ajuda têm subido e por isso estamos a avaliar várias campanhas que vamos desenvolver de captação de donativos, ao mesmo tempo que procuraremos obter novas receitas, pensando sempre no futuro da instituição".
"Nós somos uma entidade sem fins lucrativos, mas isto não quer dizer obviamente termos de ser uma entidade com prejuízos acumulados, por isso a sustentabilidade da organização é importante, a gestão desafiante num momento em que os pedidos de apoio têm aumentado", referiu António Saraiva, que desde 17 de julho de 2023 dedica a sua experiência na liderança da CVP.
Sem nunca descurar o seu trabalho de assistência pré-hospitalar e de socorrismo, a Cruz Vermelha Portuguesa tem dado muita atenção à área social, acolhendo migrantes e refugiados, sem-abrigo e com casas-abrigo para as vítimas de violência doméstica. A CVP dispõe de creches que auxiliam as crianças, apoiando ao mesmo tempo as suas famílias, com pagamento de rendas e faturas da água e luz, consultas médicas e todo o acompanhamento psicossocial, adaptando-se assim às necessidades hodiernas.
A Cruz Vermelha Portuguesa dispõe em todo o país de 2834 profissionais, para além de mais de quatro mil voluntários, tendo duas escolas superiores, ambas vocacionadas para a atividade da saúde, com 1945 alunos e proporcionando dez licenciaturas. A CVP tem também voluntários em várias áreas, mais concretamente 2571 na emergência, 1338 na área social e apoio geral e ainda 288 na Juventude da Cruz Vermelha.
Braga já tem sede modelar
A Delegação de Braga da Cruz Vermelha Portuguesa inaugurou, na tarde deste domingo, a sua nova sede, no centro da cidade de Braga, onde instalará agora todas as suas valências, na carismática casa-mãe, no palacete situado na Avenida 31 de Janeiro.
Uma visita guiada às novas instalações proporcionou aos beneméritos conhecerem a profunda reformulação da sua estrutura, construída a custos controlados pela JC Group, cujo universo empresarial tem sede em Braga e fez ainda um donativo à CVP.
A inauguração foi o culminar de quatro anos de trabalho e esforço para renovar a sede, agora também ampliada das mais belas casas apalaçadas de Braga, originalmente adquirida em 1979 pelo então presidente da Delegação de Braga, Pimenta Fernandes.
O edifício está agora dotado dos melhores meios para apoiar todos os que procuram a Cruz Vermelha Portuguesa e nas novas instalações funcionarão os serviços transversais da delegação, tendo sido enaltecido o apoio do CEO da JC Group, José Correia.
Entre os seus serviços, há una Estrutura Operacional de Emergência, Serviço de Apoio Domiciliário, Escola de Socorrismo, Serviços de Atendimento e Apoio Social, Gabinete de Inserção Profissional e Departamento de Juventude da Cruz Vermelha.