Associação dos cuidadores informais lança petição a pedir que todos tenham acesso a subsídios, para não ficarem na penúria ou dependentes de terceiros.
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Os cuidadores informais que deixaram de trabalhar para dar assistência à mãe ou ao pai não têm direito a subsídio de desemprego após a morte dos familiares, o que os deixa, muitas vezes, em graves dificuldades financeiras, por não terem feito descontos para a Segurança Social durante esse período. Para impedir que essas situações persistam, a Associação Nacional dos Cuidadores Informais (ANCI) lançou uma petição, na qual pede o reconhecimento dos direitos dos cuidadores e a atribuição de apoios para que possam viver com dignidade.
“Há muitos cuidadores a viver à conta das pessoas cuidadas, sejam maridos, sejam pais, e, quando eles morrem, ficam sem rendimentos”, assegura Maria dos Anjos Catapirra, vice-presidente da ANCI. “E muitos desses cuidadores também ficam sem casa, porque são despejados pelos senhorios, sem que haja qualquer período de transição”, denuncia. “Conheço uma senhora com 60 anos que teve de ir trabalhar como mulher a dias, porque, se não, não comia”, garante. “Agora, tem 67 anos e é baby-sitter, pois só recebe 200 e tal euros de reforma, porque não consideram o período em que foi cuidadora para fins de carreira contributiva”.