O Hospital Amadora-Sintra está sem vagas nos cuidados intensivos e intermédios. Já o Santa Maria tem 95% das camas de internamento ocupadas e o Hospital de Setúbal está desviar doentes com pulseiras verdes e azuis para os centros de saúde.
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O Hospital Amadora-Sintra já não tem vagas na unidade de cuidados intensivos e intermédios e, a meio da tarde de ontem, tinha 75 pacientes na urgência à espera de uma cama de internamento. A diretora clínica, Bárbara Flor de Lima, garante que as equipas médicas foram reforçadas e que já estão a transferir doentes para camas contratualizadas com os privados e para o Hospital das Forças Armadas. Também o Santa Maria, o maior hospital do país, tinha ontem uma taxa de ocupação do internamento de 95%.
O diretor clínico Rui Tato Marinho explicou que já sensibilizou os médicos para não manter os doentes tanto tempo em internamento e deixou um apelo á população para que se vacine contra a gripe e contra a covid-19.
"Estamos com uma taxa de ocupação elevadíssima com 95% das camas ocupadas. Estamos a tentar arranjar camas noutros locais”, frisou. Aliás, o Santa Maria já terá iniciado contactos com o Hospital das Forças Armadas.
Enviados para os centros de saúde
O Hospital de Setúbal protocolaram com o agrupamento dos centros de saúde da Arrábida (que serve Palmela, Sesimbra e Setúbal) o atendimento de doentes sejam triados na urgência hospitalar com pulseiras verdes ou azuis, mesmo que cheguem de maca.
A nota interna da diretora da urgência geral do Hospital São Bernardo, divulgada na quarta-feira, dá instruções aos profissionais de saúde para que “os doentes triados com prioridade verde (em maca ou autónomos)” não sejam admitidos na Urgência. A única exceção é para os pacientes que não têm médico de família. Nesses casos, serão atendidos no hospital.