Das embalagens aos equipamentos eletrónicos, a reciclagem está aquém das metas
Há cada vez mais fluxos específicos de reciclagem, mas Portugal continua muito aquém das metas impostas. Segundo a Agência Portuguesa do Ambiente, o lixo comum ainda representa 77% do total de resíduos recolhidos. Desconhecimento, falta de sensibilização e produção excessiva dificultam o desempenho português.
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“Do ponto de vista da recolha e reciclagem de equipamentos elétricos e eletrónicos, Portugal é um aluno da fila de trás”. A conclusão é do CEO do Electrão, uma das três entidades gestoras deste fluxo de resíduos licenciadas pela Agência Portuguesa do Ambiente (APA), que no ano passado recolheu 27693 toneladas, ou seja, 20% do total colocado no mercado. De acordo com um relatório da Eurostat de 2021, Portugal é dos países com menos quilos de equipamentos eletrónicos recolhidos por habitante, ao lado da Roménia, Grécia e Chipre.
Para fazer frente aos maus indicadores, o Electrão implementou, nos últimos cinco anos, “um conjunto de melhorias no sistema”, como a recolha de eletrodomésticos porta a porta em sete municípios da Grande Lisboa e campanhas de sensibilização em quarteis de bombeiros ou escolas. “Têm permitido dar passos consolidados no aumento de recolha e reciclagem, muito longe da nossa ambição, mas não podemos deixar de ficar satisfeitos com os resultados”, afirma Pedro Nazareth.