O Ministério da Saúde atirou para a mesa das negociações uma carta mais alta, na esperança de acalmar a atual crise no Serviço Nacional de Saúde. A tutela apresentou uma proposta que prevê um suplemento de 500 euros aos médicos que fazem urgência e abre a possibilidade do horário das 35 horas.
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Para quem aderir à dedicação plena (35 + 5 horas), o valor é cumulativo com um suplemento de 25% sobre a remuneração base, que aumenta 5,5% para todos. O que significa que um jovem médico neste novo regime que faça urgência vai ganhar mais 1417 euros na primeira posição da carreira do que atualmente, num total de 4280 euros brutos.
À saída da reunião, o ministro da Saúde salientou que "a proposta reconhece a penosidade que o trabalho no SNS acarreta, em especial para aqueles que fazem urgência". Manuel Pizarro disse ter "muita expectativa" num entendimento e esperar que "do lado dos sindicatos haja a mesma vontade de aproximação". Tutela e sindicatos voltam a reunir-se na próxima quinta-feira, mas antes disso há greve a 17 e 18 de outubro, convocada pela FNAM.