SNS vai usar novas ferramentas para adequar resposta às necessidades.
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O Serviço Nacional de Saúde (SNS) vai usar ferramentas de estratificação de risco da população para efeitos de planeamento e governação clínica, permitindo uma maior aproximação dos serviços e programas de saúde às necessidades reais dos utentes.
Um despacho do secretário de Estado da Saúde, Ricardo Mestre, publicado esta semana em Diário da República, determina a utilização destas novas ferramentas e a constituição de uma equipa de projeto responsável pela sua operacionalização, definindo os pilares estratégicos em que estes novos instrumentos passarão a estar disponíveis nos diferentes serviços e níveis de gestão do SNS.
Três níveis de risco
Na prática, serão implementadas duas ferramentas: um Índice de Complexidade dos Utentes (ICU), desenvolvido pela Administração Central do Sistema de Saúde, e os Grupos de Risco Ajustado (GRA), que agregam utentes semelhantes do ponto de vista demográfico, de risco clínico e de consumo de recursos. Nos GRA haverá três subgrupos: o de elevado risco clínico, risco moderado e o dos doentes saudáveis.
Em comunicado, a tutela explica que “estes instrumentos serão especialmente relevantes no apoio à atividade das Unidades Locais de Saúde, o novo modelo de organização do SNS que entrará em vigor em janeiro, tendo já esta análise como uma das componentes do financiamento”.