O Instituto de Gestão Financeira da Educação foi alvo de faude. O Ministério da Educação revelou que o IGeFE fez transferências superiores a 2,5 milhões de euros para uma conta que não corespondia à empresa que prestava serviços. O presidente do organismo, José Manuel de Matos Passos, apresentou a demissão.
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"O Ministério da Educação, Ciência e Inovação teve hoje conhecimento de que o Instituto de Gestão Financeira da Educação (IGeFE) foi alvo de fraude que envolve a transferência de verbas que ascendem a 2,5 milhões de euros, que está já a ser investigada pelas autoridades competentes", lê-se no comunicado do MECI divulgado esta tarde de quarta-feira.
O ministério avança que o caso foi entregue à Polícia Judiciária e que ordenou a abertura de um inquérito interno.
De acordo com o comunicado, em causa estão "três transferências bancárias realizadas este mês para o pagamento a uma empresa que presta serviços informáticos", mas que foram feitas para um IBAN de outra entidade.
"Tendo-se apercebido que a empresa que tinha prestado os serviços não estava a receber os pagamentos, o IGeFE apresentou de imediato uma denúncia à Polícia Judiciária, que se encontra a investigar o caso", esclarece o ministério.
Perante o caso, o MECI assegura que o presidente do conselho diretivo do IGEFE, José Manuel de Matos passos, apesentou hoje a demissão ao ministro Fernando Alexande que a aceitou. O pedido terá sido feito "para preservar a credibilidade e prestígio institucional do IGeFE", entidade responsável pela gestão financeira do sistema educativo.
O comunicado revela ainda que além da saída do presidente do IGeFE, "foram afastados outros dirigentes com responsabilidades neste processo". O JN já interpelou o ministério sobre estas saídas, aguardando resposta.
A saída de José Matos Passos é imediata. O MECI sublinha que até à nomeação de novo presidente do conselho diretivo, ficam em funções "o vice-presidente e o vogal".