Socialistas levam rombo na subvenção anual e nas verbas por cada eleito. Contas do BE ficam ainda mais difíceis e ADN volta a garantir financiamento.
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O rombo do PS não foi apenas político mas também no bolso dos socialistas. Somando a subvenção pública calculada com base na votação e o financiamento atribuído por cada deputado, sofrem um corte de 1,6 milhões de euros por ano no envelope do Estado, face aos mais de oito milhões que recebiam, porque perderam 19 eleitos e 365 mil votos no território nacional, quando falta ainda apurar os votos da emigração. Luís Montenegro garante nove milhões de euros e André Ventura ultrapassa os seis.
As contas baseiam-se nos resultados provisórios, uma vez que os votos dos emigrantes são contados no dia 28 deste mês, devendo desempatar PS e Chega que ficaram cada um com 58 deputados.
No ano passado, PS e AD tiveram cerca de seis milhões de subvenção pública. Desta vez, os socialistas ficam perto dos 4,9 milhões. Com menos 19 deputados no território nacional, o PS perde também na subvenção para financiar a bancada, que é agora de 1,6 milhões de euros. Ou seja, o total dos dois apoios não chega à barreira dos sete milhões.
Mais um milhão para o PSD
O PSD terá mais um milhão de euros e o financiamento total ultrapassará os nove milhões. São à volta de 6,8 milhões mediante a votação, mais 2,4 milhões via grupo parlamentar. Numa coligação, as verbas são atribuídas de forma proporcional aos partidos que a integram.
O Chega, que já conseguiu mais oito deputados, cresce no total à volta de 1,25 milhões de euros, para 6,3, mas ainda sem contar com a emigração.
O Bloco nem atinge o meio milhão de euros, após a bancada ter ficado reduzida a Mariana Mortágua, com as contas do partido a complicarem-se ainda mais. E a CDU, com menos um eleito, vê as transferências baixarem ligeiramente, ficando pouco acima da barreira dos 700 mil euros. Em sentido contrário, as verbas para o Livre, que cresceu para seis deputados, rondam um milhão de euros.
A Iniciativa Liberal receberá à volta de 1,4 milhões de euros e o PAN terá direito a cerca de 300 mil euros. O ADN, apesar de não eleger ninguém, volta a ter subvenção porque é atribuída a quem atinge os 50 mil votos, cabendo-lhe desta vez 275 mil euros. O JPP, que se estreia com um deputado, andará perto dos 100 mil euros.