Trinta técnicos da Adif, Renfe e da CP estão, esta sexta-feira de manhã, a proceder à reconstituição do descarrilamento de um comboio internacional Celta, que ocorreu no passado dia 9 de setembro, junto à estação de Porriño, na Galiza.
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Do acidente resultaram quatro mortes, incluindo a do maquinista que tinha nacionalidade portuguesa. A operação desta sexta-feira de manhã no local do sinistro contou também com a participação da juíza do Tribunal de Porriño que tomou conta do caso desde a primeira hora. Na quinta-feira, o ministro da Justiça espanhol informou, segundo a imprensa galega, que o relatório técnico do descarrilamento será concluído "dentre de seis a nove meses".
No acidente com o comboio que efetuava o trajeto Vigo-Porto, morreram quatro pessoas, entre elas o maquinista da composição, Arnaldo Moreira de 47 anos, residente em Ermesinde; dois espanhóis, ambos trabalhadores da Renfe, sendo um deles o revisor; e ainda um americano.
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As causas do acidente ainda não estão apuradas, mas a abertura das caixas negras permitiu aferir que o comboio seguia a 118 quilómetros/hora. No local decorriam obras de manutenção da linha e a composição deveria desviar para um via secundária onde a velocidade máxima permitida seria 30 quilómetros/hora. As circunstâncias do descarrilamento estão a ser alvo de inquérito por uma equipa mista da CP e Renfe.
No comboio "Celta", uma composição da série 592 a diesel, que saiu de Vigo às 9.02 horas (8.02 horas em Portugal) de 9 de setembro e que deveria chegar a Campanhã às 10.18 horas, seguiam passageiros de, pelo menos, nove nacionalidades, a maioria espanhola.