São “menos controlados” e “mais radicais” do que sindicatos, diz politólogo. Terão vindo para ficar.
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Da polícia aos agricultores, dos professores aos enfermeiros, algo está a mudar no modo como os trabalhadores reivindicam direitos. Há um caldo de cultura que propicia essas alterações: Manuel Carvalho da Silva, ex-líder da CGTP, e José Palmeira, politólogo, fazem análises diferentes, mas concordam que a extrema-direita, potenciada pelas redes sociais, tem ajudado a esta reconfiguração. Palmeira realça que os movimentos inorgânicos são “menos controlados” e, portanto, “mais radicais” do que os sindicatos. Podem ter vindo para ficar.
Ao JN, Carvalho da Silva refere que as redes sociais constituem “elementos novos” para dar voz ao descontentamento. O seu potencial não passou despercebido a partidos como o Chega - que, diz, pretendem substituir a organização dos trabalhadores pela desproteção e o “aventureirismo”.