No primeiro dia da nova fase da pandemia da covid-19 em Portugal, com a reabertura de alguns setores e a utilização obrigatória de máscara nos transportes públicos, Graça Freitas alertou que o uso de viseiras não deve ser feito isoladamente.
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A diretora-geral da Saúde alertou esta segunda-feira, em conferência de imprensa, que o uso massificado de máscaras de proteção pelos portugueses não deve ser feito isoladamente e que devem ser tomados mais cuidados para evitar a propagação do coronavírus. "A regra do distanciamento físico mantém-se", alertou Graça Freitas.
Além disso, a higiene das mãos e a etiqueta respiratória (tossir ou espirrar para o braço) devem manter-se no estado de calamidade. Graça Freitas avisou que o uso de uma viseira, por exemplo, não dispensa a utilização de máscara. A razão deve-se ao facto de gotículas poderem ser expelidas mesmo com a utilização de uma viseira, logo o ideal será ter uma máscara que proteja a boca e o nariz.
A diretora-geral da Saúde garantiu ainda que as regras do regresso das aulas presenciais para alunos do 11.º e 12.º anos estão a ser trabalhadas em conjunto com o Ministério da Educação, assim como a retoma das visitas aos lares de idosos.
Questionados sobre as críticas de Marcelo Rebelo de Sousa à celebração do 1.º de Maio, António Sales não quis comentar as declarações. "Não me cabe a mim comentar as declarações do Presidente da República. Cabe às autoridades de saúde a definição de regras sanitárias", disse o secretário-geral da Saúde. "A minha ideia era mais simbólica e mais restritiva. Não era desta dimensão e deste número", afirmou Marcelo por telefone à "Rádio Montanha", dos Açores.
Foi ainda clarificado pela presidente do conselho diretivo do Instituto Português do Sangue e da Transplantação, presente da conferência de imprensa, que as doações de sangue e de órgãos, e a consequente transplantação, não estiveram em causa na fase mais crítica da pandemia, mas realçou que houve uma quebra face ao período hómologo de 2019.