Nas doenças em que a via sexual não é a única forma de contágio, não há anonimato. "Uma incongruência", diz associação de médicos de saúde pública.
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A Direção-Geral da Saúde (DGS) recomenda aos médicos que notifiquem todos os casos de mpox num prazo de 24 horas com o máximo de detalhe possível, incluindo contacto telefónico e email do caso suspeito ou provável. A mpox é transmissível por via sexual, mas não cabe dentro do conjunto das infeções sexualmente transmissíveis (IST) porque o contágio também pode ocorrer por outras vias. Por isso, ao contrário do que acontece com as IST - cujo anonimato dos dados é obrigatório, mas a DGS equaciona anular -, a informação destes doentes é partilhada com os médicos de saúde pública para investigarem os contactos de risco e travarem as cadeias de transmissão.
“Todos os casos suspeitos e prováveis devem ser notificados pelo clínico, mesmo antes de confirmação laboratorial, com o preenchimento mais detalhado possível de informação sobre o caso (incluindo contacto telefónico e correio eletrónico) e do médico notificador”, refere a orientação assinada pela diretora-geral da Saúde e publicada no dia 8.