Escolas aderiram pouco à greve e consultas decorrem com normalidade no hospital e nos centros de saúde de Guimarães.
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O impacto do "Dia Nacional de Indignação, Protesto e Luta", com greves convocadas para todos os setores pela CGTP-IN, em Guimarães, sentiu-se principalmente nos comboios. Com a greve convocada pela central sindical a juntar-se a outra já convocada pelo Sindicato dos Maquinistas, estão anunciadas como suprimidas todas as composições previstas para circular ao longo desta quinta-feira. Prevê-se que amanhã continuem os problemas para quem quiser viajar de comboio, com uma nova greve, desta vez do Sindicato Ferroviário da Revisão Comercial.
Outro setor que também se junta ao protesto da CGTP-IN é o dos oficiais de justiça que, a partir das 13.30 horas farão uma concentração em frente ao Tribunal Judicial Central, na Praça da Mumadona. Segundo profissionais deste tribunal, espera-se uma adesão muito próxima dos 100%, pelo que, todas as diligências programadas para a tarde terão de ser anuladas.
Em todo o concelho de Guimarães, há uma única escola encerrada, no caso a EB1 do Barreiro, no Agrupamento de Escolas de Pevidém. Nos serviços de saúde, as consultas decorrem com normalidade. "Vim trazer a minha esposa e decorreu tudo como previsto. Fomos chamados para a consulta dentro do tempo normal e, mesmo nos serviços de imagiologia, estava tudo a fluir rapidamente", assegura José Ferreira, na consulta externa do Hospital Senhora da Oliveira.
A maior parte dos utentes chega aos serviços sem sequer se aperceber de que há uma greve a decorrer. É o caso de Carmindo Almeida que "não sabia que havia greve, porque não se nota nada, está a haver consultas". No Centro de Saúde de Urgezes, onde também está centralizada a direção do ACES do Alto Ave, só estão em greve os elementos da Unidade de Apoio à Gestão e a direção, pelo que as consultas não são afetadas.
No setor privado, em Guimarães, a greve está a provocar paralisações parciais nas cutelarias Mafil e Herdmar e na Petrotec, uma empresa especializada na assistência a equipamentos da indústria petrolífera.
A CGTP anunciou, para esta quinta-feira, manifestações em vários pontos do país, pelo aumento dos salários e das pensões, contra a subida do custo de vida e para reivindicar emprego com direitos. No Minho, está prevista uma manifestação na cidade de Braga.